Em Quando eu for gente grande não se conta propriamente uma história, mas a gente consegue perceber todas as histórias que estão por trás do que o personagem diz — e assim acaba sabendo tudo da vida desse menino que ainda não é grande, mas já está um pouco cansado de ser pequeno.
Por exemplo: ele diz que, quando crescer, a avó não vai mais ficar dizendo “menino, tira o dedo do nariz” quando ele botar o dedo no nariz; e aí a gente descobre que ele bota o dedo no nariz igualzinho a todo mundo, mas, poxa, ninguém deixa esse garoto em paz.
O livro é uma espécie de lista dos problemas de ser criança, isto é, ser alguém rodeado, vigiado e atormentado por essas criaturas que não fazem muito sentido, os adultos.